A pintura de uma edificação além do efeito estético e decorativo tem a função de proteger o substrato, a preparação do local e a aplicação da tinta adequada no ambiente vai oferecer melhor durabilidade, higienização dos ambientes, servindo também para sinalizar, identificar, isolar termicamente, controlar luminosidade e podendo ainda ter suas cores utilizadas para influir psicologicamente sobre as pessoas.
Aparentemente uma parede interna ou de fachada bem acabada pode parecer uma base ideal para receber uma pintura, entretanto, a pintura sobre superfícies de reboco ou de concreto não é assim tão simples como parece, constituindo-se num problema onde os riscos e as dificuldades surgem em grande número.
Os materiais de construção empregados na preparação e no acabamento das paredes são quimicamente agressivos, podendo, consequentemente, atacar e destruir as tintas aplicadas sobre elas.
Os materiais de alvenaria podem conter considerável quantidade de água, apresentar porosidade excessiva ou irregularmente distribuída, bem como sais minerais ou cal incorretamente carbonatada, estando sujeitos à degradação progressiva que terminará por reduzir ou destruir a firmeza destas paredes, e com elas o sistema de pintura empregado.
A alcalinidade das paredes pode provocar a saponificação das tintas formando manchas, com posterior amolecimento ou descascamento do filme.
A presença de água pode promover o aparecimento de bolhas e impedir a aderência das películas, além de favorecer a formação de mofo.
A porosidade irregular pode causar variações no brilho, na cor ou prejudicar a aderência da tinta.
A presença de sais minerais pode causar a formação de depósitos cristalinos, descascamento, empolamento, etc.
É fundamental identificar avaliar todas as variáveis que envolvem a edificação para obter o melhor resultado de restauração e pintura.